Ser filho único pode ser um problema?

Alessandra de Camargo Costa

Ser filho único pode ser um problema?

Existem muitos mitos a respeito do “filho único”, e uma certa pressão com os casais que optam por essa decisão.

 

Todas as circunstâncias terão um impacto em cada um de nós: ser o primogênito, ser o caçula, ser irmão gêmeo ou ser filho temporão. Sendo filho único, não será diferente.


Essa situação conta um pouco sobre a estrutura da família, mas sua manifestação será diferente de acordo com a forma como cada cuidador atuará e se relacionará com essa questão.

 

*Meu filho será mimado, menos tolerante ou mais dependente?

 

Ainda que seu filho não tenha que dividir a atenção com outros irmãos, você pode ensiná-lo que não estará sempre disponível e que ele pode em muitos momentos se entreter sozinho. Dose limites entendendo que não precisa suprir todas as suas vontades.

 

Meu filho será menos hábil socialmente?

 

A criança que não tem irmãos, pode ser estimulada socialmente com amigos, primos e conhecidos, podendo viver experiências de interação e compartilhamento com outras crianças de seu convívio. Os próprios pais, ainda que adultos, poderão funcionar como modelos e referência na aquisição de habilidades sociais.

 

Ser filho único pode ter suas vantagens?

 

Filhos únicos, de acordo com uma revisão de 115 estudos feitos pelos autores Toni Falbo e Denise Polit, da Universidade do Texas, podem apresentar melhor desempenho escolar e mais autoestima. Isso parece acontecer pois acabam recebendo mais incentivo dos pais e porque não precisam competir por atenção com irmãos. Também costumam ter melhor vocabulário que a médias das crianças, por conviverem mais tempo com adultos. Outra pesquisa, da Universidade de Warwick, Reino Unido, que entrevistou jovens de 40 mil famílias, chegou a inferir que eles podem virar adolescentes mais satisfeitos, dado o cuidado e o investimento dos pais.

 

Seus resultados foram que, quanto mais filhos na casa, mais reclamações os adolescentes tinham. Além disso, diziam sofrer mais com o bullying dos irmãos do que com o dos colegas de escola.

 

É o estilo dos pais, mais que o número de irmãos, que influencia como um filho único – ou qualquer criança – se desenvolve”.

 

(Susan Newman, autora do livro “The Case for the Only Child”).

 

fonte das pesquisas mencionadas: Super Abril

 

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