O nosso papel como pais, mães, cuidadores, vem sendo construído desde a nossa infância. Ao sermos cuidados, aprendemos a cuidar… Aprendemos sobre os relacionamentos, ao nos relacionarmos com as outras pessoas. Podemos seguir os caminhos que aprendemos ou, então, seguir caminhos opostos. Mas, seja qual for o caminho, é necessário que tenhamos em nossas mentes quais as influências, sonhos, respeitos, laços, lealdades, rejeições, medos e desejos que fizeram parte dessa história.

Pois tudo isso faz parte de nós… são bagagens (conscientes ou não) vividas e transmitidas de geração em geração.

Se não olharmos para essas questões, viveremos em um modo automático, repetindo padrões familiares, como que governados pelo destino. Somente integrando na consciência os aspectos da nossa história é que seremos capazes de escolher novas rotas e promover mudanças na nossa vida e na de nossos filhos.

Quais as suas melhores memórias de infância? Quais são dolorosas? Como você aprendeu a passar por elas? De que forma elas influenciam, hoje, em sua vida e na vida dos que estão ao seu redor?

Como explica Daniel Siegel “o melhor indicador da segurança do apego de uma criança por um cuidador é a maneira com que o adulto entende o sentido das próprias experiências na infância”. Assim, mais do que o fato ocorrido, o que terá influência na forma como você vive os seus relacionamentos e como você educa os seus filhos é a forma como você enxerga e interpreta o fato ocorrido.

Lembre-se, como diz Henry D. Thoreau: apenas amanhece aquele dia, para o qual estamos despertos.